segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Modernos

Por que,
Por que a vida é,
Por que ora existe,
Ora desiste de ser,

Por que,
Por que a vida é.

Por que,
Por que a vida quer,
Por que ora deseja,
Ora repulsa,
Credora de si mesma,
Guerra do ser.

Por que,
Por que a vida é.

Esta bela antítese,
Desde sempre existe para não existir,
Marca o paradoxo metafísico,
De uma existência compartida,
Entre o sim e o não.

Tão logo,
O poeta não mais fala,
De ser ou não ser,
A antítese existe,
Para encontrar nela,
Sua tese.

Por que,
Por que a vida é.
O que,
O que da existência?

Nela te reconheces,
Dela tu me perguntas,
E eu te respondo,
Porque tu pensas em horas
Que este vil relógio que tanto olhas,
Não pode contar?

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