segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Indefinido II

Se eu não pudesse ter você,
Eu diria que você é o meu padrão,
Eu diria que você é um modelo esculpido dentro da minha mente,
E como pode ser?

Se eu não pudesse ter você,
Eu recitaria esse verso,
Eu sussurarria sobre a sua pele,
Que você é um modelo,
De tudo o que se pode querer.

Eu me aproximaria com os lábios,
Nós não deixaríamos de entender,
Quem pode amar o que não vê?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Indefinido I

Você surge como num sonho,
Eu pintei esse sonho,
Eu manipulei seus aspectos,
Eu manipulei meu coração,
E era realidade, forjada, implícita, indefinida.

Tudo se foi até a poesia,
Você me tira tudo,
Você me faz bem,
Você me faz mal,
Você me faz.

Um universo medíocre criei pra nós dois,
Eu esperava mais,
Mas, você é pouco,
Você é tolo.

Estou viciada,
Entorpecida pelo seu descaso,
Pelo seu sutil afeto,
Pelo seu desassossego.

Eu posso te deixar maluco, alienado,
Não confie em nada que vê,
Você é pouco,
Você é tolo.

Você é um presente que vem com o preço da loja,
É tão fútil, é tão inútil,
Eu quero abrir e eu vou,
E você sabe.

Você tem medo,
Ainda treme como vara verde,
Na sua falsa confiança,
Você só tem mesmo esperança,
Seu coração está explodindo como uma supernova no céu,
Que cai direto e completo em mim.

Eu não sou prepotente,
Eu estou consciente,
De que você é pouco,
Você é tolo,
Você tem medo de se perder,
Eu tenho medo de me surpreender.

sábado, 14 de novembro de 2009

Correr a vida

Correr contra o tempo,
Contra mim mesmo,
Correr, correr contra você.

Correr no verde, no rumo do céu,
Brigar com o vento,
Dissipa meus pensamentos,
Leva pra longe os meus passos.


Quero correr pra te seguir,
Correr pra ver o mundo,
Correr pra ver tudo,
Correr pra crer.


Correr com você,
Não quero me prostrar,
Não quero repouso pra deitar.


Quero correr no teu rastro,
Correr a vida,
Correr pra vida não parar,
Correr pra essência não morrer.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vida em preto e branco


O diferente que move a vida,
E a mudança do encanto,
Tudo no preto,
Tudo no branco.

Nada no azul, no roxo, ou vermelho,
Nada primeiro,
Nada último,
Nada em nada.

Tudo igual,
Nada primordial,
Tudo racional,
Nada sensacional,
É Preto no Branco.
O sonho que a vida pinta,
Sem glória e sem rumo,
Só mesmo rascunho,
No preto, no branco.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Alimenta-nos de manhã com o teu amor, até ficarmos satisfeitos, para que cantemos e nos alegremos a vida inteira". Salmos 90:14"

Não tenho mais medo de me jogar em Teus braços,
Sentir a gravidade que me domina,
E o vento que me envolve,
Enquanto caio de leve no teu afago,
Respirando Você.

Eu me aproximei,
E quero me lançar em Você.

Eu quero cair no Teu enlace,
Deslumbrando os Teus detalhes.
Cair nas Tuas afeições,
Me perdendo na Tua graça.

Desejo me lançar em Você agora,
Sentir o quão quentinhos são os Teus braços,
Me aquecendo no teu calor.

No Teu colo,
Em Teus braços,
Com a minha cabeça sobre o teu coração.

Não temo me lançar em Ti,
Pois sempre me seguras,
E sempre me adornas com tamanho amor.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Poesia Simples

Os dias voam como o vento,
Tentam agarrar minha esperança tão escassa quanto o tempo,
E os sonhos não existem,
Saíram e bateram a porta,
Neste mundo sem perspectiva,
Fico á sorte da indecisão e da revolta.

O tempo vai , o tempo ruge.
Não cura a dúvida que engole o próprio tempo,
Que me abandona a mercê do alento .

Ainda assim tenho esperança,
De uma chuva de bonança,
Que irrigue a seca dessa terra,
Que faça florescer a segurança.

Agora espero a direção,
Fico a aguardar um sinal do céu,
Será o antídoto para minha dúvida,
Será o fim da imprecisão cruel.

Dúvida, dúvida,
Dúvida que tenho,
Largue meu coração,
Voe com o vento.

Dúvida, dúvida,
Faça teu caminho,
És pesada demais para os meus ombros,
És tal prisão de meus sonhos,
Voe com o vento,
Termine como o tempo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Poesia de ninguém

Você me inspira,
Talvez por que você seja todo poesia,
Eu queria mergulhar nessa poesia,
Descobrí-la, explorá-la, absorvê-la.

Eu queria descobrir o seu mistério
Desvendar você,
Tirar suas máscaras,
Suas verdades,
Seus adornos... Suas roupas,
Queria mergulhar em você, queria me afogar.

Queria fazer deste mundo, meu universo,
E extrair dele as suas mais íntimas motivações,
Queria explorar a mentira que há em você,
Queria que pra mim você fosse só verdade,
Eu não tenho medo da sua verdade, eu tenho fascinação.

Queria que você viesse morar nesse meu azul,
E pudesse colorí-lo de acordo com o seu desejo mais íntimo,
Queria poder fazer com você o que nunca fiz,
Dizer o que nunca foi dito,
Viver o infinito.

Queria ter as chaves do seu esconderijo,
Queria ter chegado primeiro ... Ou antes.

Queria caminhar todo dia nessa companhia,
Que cada passo fosse um beijo,
Que cada rua fosse um fato novo,
 Que criasse um elo entre eu e você.

Queria te engolir inteiro,
Sem vestígios de fumaça por perto,
Só pra te ter preso aos teus temores,
Com os pés ainda presos ao chão.

Sua sensualidade é verde, é livre,
Já eu, sou toda azul,
Queria poder fundir nossas cores,
E que haja algo novo, híbrido o suficiente,
Algo que prenda você em mim,
Eu em você.

Queria ser seu equilíbrio,
Queria que você fosse meu desequilíbrio,
Queria ser como você ,
Por que a verdade é que sou exatamente como você,
Mas, algo tem me tornado o que eu não deveria ser.

Queria você...
Queria que você fosse menos poesia,
Por que não sou poesia,
Sou fato isolado,
Sou realidade a ser compreendida,
Vem pra minha realidade então, e torne-se um fato novo junto comigo,
Você pode me colorir de poesia depois,
Ou de desejo, e eu não me importaria.

Queria ...
Queria ...
Queria ...

Queria ser feita de poesia,
Será que eu queria?