terça-feira, 20 de julho de 2010

Ponto final

Pare de contar essa história,
De uma moça de família diferente,
Muito boa gente,
Sobretudo obediente,
Esta história é uma novela decadente,
Findou-se,
Por seu marasmo evidente.

A personagem principal era demente,
Essa moça que possui personalidades duplas, diferentes,
Cada uma para quando lhe é conveniente.

Vidas duplas são laboriosas,
A moça crente,
Boa gente,
Sobretudo obediente,
Que era demente quando lhe fosse conveniente,
Cansou-se,
Resolveu então, escrever a última cena,
De sua novela decadente.

Essa moça confidente,
Boa gente,
Sobretudo obediente,
Que era demente quando lhe parecesse inteligente,
Escreveu um ponto final,
Em sua novela decadente.

Todos ficaram perplexos a final,
Fecharam os olhos,
Para não contemplar tamanho mal,
A moça disse,
Que sua novela decadente,
Não era de própria autoria,
Mas, que ela deveria,
Inaugurar uma outra,
Que fosse menos dos outros e,
Mais dela.

Essa moça consciente,
Nem tanto mais boa gente,
Não muito mais obediente,
Que agora era demente,
Por não mais ser conivente,
Descobriu que era culpada,
Pela novela decadente.

Essa moça inteligente,
Ás vezes boa gente,
Quando necessário obediente,
Considerada uma demente,
Assumiu uma nova novela,
Que agora era dela,
Deu o título de novela ascendente.

Pare de contar essa história,
De uma novela decadente,
Comece contando daquele ponto final,
Sempre para frente.